Sunday, June 25, 2006

******JUSCELINO KUBITSCHEK O FUNDADOR DE BRASILIA******

******A VIDA E A OBRA DE JUCELIUNO KUBITSCHEK ******


Nossa turma era muito unida e até hoje os doutorandos de 1927 mantemos contato uns com os outros e anualmente nos reunimos para um jantar de confraternização no aniversário de formatura [...] Fomos clínicos, cirurgiões, especialistas, médicos do interior, médicos de cidade e professores. Seria motivo para outro gênero de livro estudar as personalidades de um a um e mostrar o que a todos ficou devendo a Medicina do Brasil.

Um nome, entretanto, está nesta lista sobre o qual não se passa sem palavra de reverência: o de Nonô Kubitschek. Ele projetou-se mais que os outros como personalidade brasileira e mundial.
Fora sua simpatia radiosa, seu espírito sempre alerta, sua alegria sadia, seu zelo pelos estudos, seu prodigioso coração — outros predicados não distinguiam aquele menino vindo da casinha de porta e três janelas da rua do São Francisco, na Diamantina — dos outros meninos de sua turma. Era um moço de talento entre tantos outros bem dotados daquele grupo de doutores de 1927.

Ainda não se tinham produzido as circunstâncias sociais e políticas que iriam transformar esse homem num gênio nacional, que figura em nossa história no rol em que estão o nosso descobridor, os desbravadores, os bandeirantes, os integradores da pátria, os fautores da unidade nacional, os libertários da Inconfidência, do Dezessete e Vinte-e-quatro, os pró-homens da Independência, Abolição, da Proclamação da República, os grandes Chefes de Estado.
Dos últimos, foi o maior e sua glória excede às de D. João, dos Pedros, de Isabel, de Prudente e dos Conselheiros porque nenhum desses governos foi tão cheio de conseqüências como o seu.
A construção de Brasília e a Conquista do Oeste desviaram completamente o curso de nossa história e deram-lhe perspectivas até hoje não completamente avaliadas. E o admirável em Juscelino é que ele se conservou na ascensão, na glória, na queda e na adversidade dentro das mesmas qualidades de endurância, brandura, tolerância, alegria e bondade que tinham habitado o menino cuja infância foi magistralmente traçada por Francisco de Assis Barbosa e cujas qualidades — sobretudo a do perdão — foram exaltadas por David Nasser em O Testamento, artigo que vale um livro.

Eu que fui seu companheiro de bancos escolares, que acompanhei toda a trajetória de sua vida, que o quis como amigo, que compreendi sua pessoa e admirei suas qualidades — fico bestificado! de ver o ódio que não desarma duma minoria contra a figura deste Pai da Pátria... Não há o que discutir nisso. É responder com a nossa canção, adaptando-a à circunstância.

Tim-Tim, Tim-Tim
Tim-Tim, ô-lá-lá,
Quem não gosta dele?
Do que gostará?

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